domingo, 3 de dezembro de 2023

Linha 987 - Gardênia Azul x Taquara

 

Linha 987 Gardênia x Pechincha - foto retirada do site da prefeitura

Neste post, trago uma linha surgida em 2023 e que foi fruto de grandes erros na inclusão de conexões de certas áreas da região metropolitana do Rio. Falo da linha 987 Gardênia Azul x Pechincha, que foi o que sobrou de três linhas que operavam e bem antes da decadência do transporte do Rio. A linha pega trechos da antiga 886 (que mais antigamente ainda, operava com S750), entre a Gardênia e a Estrada do Bananal, pegando a Uruçanga; a linha 887 (que já teve o número S751), nos trechos da Estrada do Pau Ferro e Retiro; e a linha 939 (fragmento da antiga 636, que hoje só opera entre a Taquara e a Tijuca), representando a ligação Anil x Taquara pela Freguesia. 

    

987 Gardênia Azul via Uruçanga - retirada do G1

A linha é um verdadeiro monstro do Frankenstein, com remendos dessas três linhas e o principal, sem conexão com o BRT. Ora, se a motivação para o corte das linhas originais foi a sobreposição alegada com trechos do BRT - o que não se justifica e vou explicar mais abaixo - por que os moradores dos lugares onde só o 987 passa não tem como finalizar sua viagem em um terminal do BRT - seja na direção da Barra, por exemplo, no Via Parque ou Rio 2, seja na direção da Taquara, na própria Taquara ou no Tanque. Em resumo, moradores que, antes do BRT, podiam ir de suas casas direto para a Barra ou Taquara com uma só condução, agora precisam de 3, e só conseguem pagar uma só passagem se uma das conduções for o BRT. Se ao menos isso se refletisse em redução de tempo de deslocamento, mas não é o caso. 

A alegada sobreposição do BRT com as finadas linhas é bem curta na direção Barra, portanto, do ponto de vista de ser concorrente ao BRT, é uma desculpa que não cola. Outra alegação é de que o trecho entre a Gardênia e a Barra para melhorar o intervalo da linha é justamente numa parte com muito engarrafamento e de fato é. As antigas linhas 886 e 887 iam até a Alvorada e ainda passavam no Barra Shopping e essa é uma região com trânsito muito intenso. Mas para cortar, a melhor solução poderia ser fazer a linha ser circular no Via Parque, passando por debaixo da antiga ponte estaiada e talvez ajudando um pouco quem tivesse como destino final o Península (apesar de não ser perto, já deixaria mais perto que qualquer outra linha), podendo ser a lateral do Via Parque um ponto de apoio, como era com a antiga linha 225 que passou a ser 345 e hoje, também foi fagocitada para operar uma parcial da parcial,  a 645 Jardim Oceânico x Saens Peña.

645 Saens Peña x Jardim Oceânico (retirada do site da prefeitura)

Outra alternativa para conectar o 987 ao BRT na ponta da Gardênia é fazer a conexão com a Avenida Abelardo Bueno, que é tão necessitada de ônibus, podendo aliviar o 613 que passa extremamente cheio nos horários de pico e ainda enche mais na passarela da Gardênia pois boa parte dos passageiros prefere fazer a conexão ali com uma linha comum que descer no Via Parque e ter que fazer uma viagem negativa e possivelmente pegar trânsito sem necessidade. Nessa alternativa, a linha poderia fazer ponto final no shopping Metropolitano ou no Rio 2. No shopping, espaço é que não falta nas ruas ao redor com a vantagem de ser uma viagem mais curta e minimizar o risco dos problemas de intervalo. E há uma grande demanda reprimida para o shopping, além de, claro, permitir ao passageiro terminar sua viagem no BRT, acessando as estações Metropolitano ou Rede Sarah. Já terminando no Rio 2, talvez na lateral da Jeunesse Arena, teria uma demanda grande de pessoas que já fariam a integração com o BRT, além de permitir a integração com uma estação Expresso, que dá acesso a lugares mais distantes como Sulacap e Vicente de Carvalho. 

Já na ponta do Pechincha, também foi infeliz a decisão de não finalizar a viagem nos terminais da Taquara ou do Tanque, já que linha já passa bem próxima. Também existe a questão do trecho desta ligação ser bem engarrafado e poder atrapalhar o intervalo. Mas, não havendo a conexão na Barra, que fosse na Taquara para ter acesso ao BRT pelo menos. Porém, a melhor solução parece ser a conexão na Barra e o retorno da linha 939 Gardênia Azul x Tanque via Taquara, para permitir a comunicação entre a Estrada do Engenho d'água com a Freguesia e a Taquara, coisa que não existe atualmente e acaba tendo que ser feita pela linha 987 dando mais volta e pegando 2 ônibus. Ou até mesmo o retorno da linha 636 no seu trajeto original, Gardênia Azul x Saens Peña, já que, lá atrás, a alegação do encurtamento da linha foi a soberposição do BRT. 

Uma pequena recapitulação sobre o 636: após a inauguração do BRT e o encurtamento das linhas, o 636 passou a ser Madureira x Saens Peña, sendo criada uma nova linha para o trecho Gardênia x Tanque, a 939A. A sobreposição da linha, entre a Taquara e Madureira, deveria ser feita por BRT e, nessa configuração, era possível fazer o caminho completo, pagando uma passagem, com a desvantagem de ter que esperar pela condução por  3 vezes. Na época, não era possível pagar 3 ônibus por uma passagem, mas havia uma exceção para as linhas alimentadoras. Não muito tempo depois, o 636 teve um trecho recuperado, passando a operar como Praça Seca x Saens Peña. Ficou um bom tempo nesse trajeto, mas acabou tendo mais um trecho recuperado, passando a ser Tanque x Saens Peña e fazendo integração direta com o 939. Nessa época, o mecanismo das linhas alimentadoras já havia sido extinto, caindo o "A" na numeração do 939, ou seja, não era mais possível pegar 3 ônibus se fosse um BRT e uma alimentadora. Chegou a ser comunicado o retorno da linha completa, assim como foi feito com o 766 e o 918. Após a pandemia, a linha 939 foi simplesmente "esquecida" pela operadora que, após o mecanismo da prefeitura para retorno de linhas abandonadas, alegou retorno do 939 na forma da colcha de retalhos que é a 987. Mas, há de se frisar que a 987 não faz as conexões que a 939 fazia e que a melhor solução seria ter o 987 e o 939 convivendo. Não faz sentido reduzir o trajeto do 636 por concorrência com o BRT se hoje, todo o trecho de sobreposição do BRT foi readicionado, e o trecho que fazia alimentação dos bairros com o BRT foi extinto. 

É compreensível que há problemas na distribuição dos recursos de transportes na cidade do Rio, o que fica bem visível na quantidade de empresas fechadas nos últimos anos. As empresas restantes acabam assumindo linhas demais e o serviço decai e, por conta disso, perde-se em alguns lados do transporte. Mas, se empresas saem do consórcio, deveriam vir novas e assumir as linhas, em vez do aparente comportamento de monopólio dos mesmos grupos que sempre dominam o transporte. Não é admissível perder conexões que existiam na cidade para conviver com má administração de outras empresas no passado. E, mesmo na filosofia de racionamento, certas coisas simplesmente não fazem sentido e parecem ser fruto de quem está desenhando o transporte sem ouvir a população, apenas no modo teórico. A linha 987 pode ser refinada e deve ser pensada como um modo de localidades menos servidas de transporte (Uruçanga, Pau Ferro e Retiro) terem a possibilidade de serem acessadas a partir de rotas mais troncais e na região, a única que existe é o BRT. Torço para que alguém influente leia esse post e traga a pauta de revisão das linhas 987 indo até o Metropolitano ou Via Parque e 636 retornando ao trajeto original na Gardênia ou tendo sua perna 939 reativada. 

domingo, 28 de abril de 2013

Transcarioca

O corredor Transcarioca praticamente encerra nosso sonho da linha 6 do metrô. Fazendo trajeto parecido e, na presença de tantos "poréns" com a implementação de metrô na Zona Oeste e Subúrbio, me despeço deste blog, criando outro blog. Visitem o http://diariodotransportecoletivo.wordpress.com/, onde postarei informações sobre as mudanças no transporte carioca, para informar, cobrar e avaliar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cabral reeleito - as promessas

Jornal O Globo, 4/10/2010 http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/10/03/confira-as-promessas-do-governador-sergio-cabral-para-cobrar-acoes-do-governador-reeleito-922690896.asp

INFRAESTRUTURA

1. Asfaltar, até 2014, pelo menos 8.500 ruas na Baixada Fluminense, em São Gonçalo e Itaboraí. Previsão de gastos: R$ 1,5 bilhão do estado e R$ 4 bilhões de financiamentos internacionais e da União (PAC-2).

2. Já em 2011, o PAC será levado aos complexos da Penha e da Tijuca, passando, em seguida, para outras comunidades das Zonas Norte e Oeste, além da Baixada Fluminense e de São Gonçalo. O PAC-2 levará moradia, saúde, educação, esporte e cultura para 1,3 milhão de pessoas.

3. Conclusão das obras do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, anel rodoviário que ligará Itaboraí ao Porto de Itaguaí, cortando as principais rodovias do estado.
SAÚDE

4. Até 2011, implantar 13 clínicas para atenção a portadores de hipertensão e diabetes na Região Metropolitana.

5.Criar uma rede de hospitais de referência fora da capital. Até 2012, serão instalados quatro Centros Regionais de Politraumatizados em São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói. Em Volta Redonda, será construído o Hospital Regional de Alta Complexidade e, em Queimados, o Hospital Regional de Cardiologia.

6. Instalar, na capital, em 2011, o Centro de Pesquisa do Crack, com foco nos jovens.

7. Reformar quatro hospitais de emergência do estado: Azevedo Lima (Niterói), Rocha Faria (Campo Grande), Pedro II (Santa Cruz) e Albert Schweitzer (Realengo).

8. Até 2011 haverá 50 clínicas de atendimento especial à família, distribuídas na Região Metropolitana.

9. Construir três unidades da ABBR: uma na capital, outra em São Gonçalo e uma terceira na Baixada Fluminense.

10. Serão criados, até 2014, quatro Centros de Diagnósticos, distribuídos entre a capital, a Região Metropolitana e o interior do estado.

11. Doenças crônicas e de alta complexidade ganharão unidades especiais, como as Clínicas da Mulher. Seis delas ficarão na Região Metropolitana.

12. Construção do Hospital da Mulher, em São Gonçalo.

13. Levar um novo modelo de distribuição de medicamentos especiais para os 26 municípios onde existem pontos de entrega.

14. Modernizar a saúde com equipamentos de última geração para exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética. O Rio Imagem, que será inaugurado no primeiro trimestre de 2011, mandará os resultados pela internet para os pacientes do interior.

15.Até 2014 serão construídas mais 15 UPAs (além das 39 existentes, das quais 20 administradas pelo estado).

Passageitos da SuperVia desembarcam nos trilhos entre as estações Praça da Bandeira e Central do Brasil. Foto do leitor Cleyton Lima Dias (Eu leitor)
SEGURANÇA

16.Pacificar, até 2014, todas as comunidades do estado dominadas pelo tráfico de drogas ou pela milícia, beneficiando de 600 mil a 1,5 milhão de pessoas.

17.Inaugurar a Cidade da Polícia, que concentrará todas as delegacias especializadas no Jacarezinho.

18. O novo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) vai reunir, num mesmo prédio, na Praça Onze, as policias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, a Guarda Municipal, a Defesa Civil, a Polícia Rodoviária Federal, o Samu e a CET-Rio. A obra está orçada em R$ 36 milhões.

19.Contratar 25 mil novos PMs, sendo 12 mil para as UPPs. Com isso, o efetivo chegará a 65 mil. Valorizar o policial com um plano específico de recrutamento, seleção e formação e implantar estratégias de remuneração por mérito.

20. Assim como a Divisão de Homicídios da capital, haverá duas unidades dedicadas a solucionar crimes, uma na Baixada e outra em São Gonçalo.

21. Manter o programa das Delegacias de Dedicação Integral ao Cidadão (Dedics) e estendê-lo para todo o estado.

22. A criação da Prisão Primária, com educação e ensino profissionalizante, dará chance de recuperação aos criminosos condenados uma única vez.
EDUCAÇÃO

23. Construir 50 novas escolas só na Região Metropolitana, ao custo de R$ 250 milhões.

24. Aumentar a oferta de escolas diurnas de ensino médio na Baixada, em São Gonçalo, nos subúrbios e na Zona Oeste. Até 2014, serão construídos 50 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs).

25. Implantar uma escola profissionalizante de gastronomia na Zona Portuária.

26. Até 2014, levar a todas as escolas o acesso à banda larga de dez megabytes. Em todas as comunidades carentes do interior, da capital e da Região Metropolitana, o acesso será de um megabyte.

27. Melhorar o salário dos professores da rede.

28. Criar as Unidades de Práticas Educativas (UPEs), escolas de ensino médio que serão modelo da rede estadual. O aluno estudará em tempo integral. Os professores terão dedicação exclusiva e farão avaliações constantes para possíveis ajustes. O projeto será implantado inicialmente em quatro unidades, em Santa Cruz, Deodoro, Jardim América e Ilha, com 5 mil vagas.

29. A Casa do Educador dará uma formação continuada para os profissionais do ensino, sendo uma parte teórica e outra em sala de aula, por um período de dez meses. Os programas terão aspectos técnicos, didático-pedagógicos e de gestão das UPEs.

30. Investir na educação parte das receitas do estado com o pré-sal.

31. Criar dez novas escolas profissionalizantes que agreguem valor ao modelo convencional de ensino.

32. Instalar equipamentos esportivos em toda a rede.
TRANSPORTES

33. Dar prosseguimento à construção da Linha 4 do metrô, ligando o Jardim Oceânico, na Barra, à Praça General Osório, num investimento de R$ 4 bilhões, e retomar as obras da linha 3, entre Niterói e Itaboraí.

34. Até 2014, serão reformadas as 89 estações ferroviárias do Rio.

35.Fazer investimentos de R$ 2,5 bilhões no sistema de trens. Serão comprados 90 trens, dos quais 30 já foram encomendados à China e começam a chegar em março. Até 2014, todos os trens serão novos e terão ar-condicionado.

36. Investir R$ 305 milhões na compra de novas embarcações e na reforma e ampliação das estações da Praça Quinze, no Rio, e da Praça Araribóia, em Niterói.

37. A Via Light será ampliada até a Avenida Brasil, na altura de Guadalupe, com a construção de dois túneis e viadutos. Ao custo de R$ 1,5 bilhão, serão pavimentados também cerca de 614 quilômetros de estradas em todo o estado. Outros 724 quilômetros serão restaurados com investimento de R$ 1 bilhão.

Lixões: planos para erradicação até 2014. Foto de Domingos Peixoto, Agência o Globo
HABITAÇÃO

38. Com investimentos da ordem de R$ 3,1 bilhões, Cabral pretende erguer 138 mil novas unidades habitacionais nos próximos quatro anos.
MEIO AMBIENTE

39.Chegar a 2014 com 80% dos esgotos da Região Metropolitana tratados. Na Baía de Guanabara, a meta é tratar 13.500 litros de esgoto por segundo (atualmente são 4.500).

40. Acabar com os lixões até 2014 e ter, pelo menos, 10% dos resíduos sólidos reciclados ou gerando energia.

41. Aplicar, no mínimo, 10% dos recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) no programa Lixão Zero, o que garantirá um aporte anual de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões.

42. Modernizar o tratamento do lixo: investir em aterros sanitários modernos e eficientes. A meta é construir 11 deles através de consórcios intermunicipais.

43. Se, nos últimos quatro anos, o tamanho das áreas de proteção integral no estado passou de 146 mil para 212 mil hectares, a meta para o período 2011-2014 é ampliar para, no mínimo, 250 mil hectares de parques estaduais e reservas protegidas.

44. Recuperação e operação sustentável do sistema de drenagem da Baixada Campista, além da implantação de projetos de recuperação ambiental e controle de inundações em outras baixadas inundáveis, como as de Angra, São Gonçalo e Macaé.

45. Criar mais 20 mil hectares de Unidades de Conservação municipais e dez mil hectares com registros de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), fechando o "corredor" da Serra do Mar.
ESPORTES E TURISMO

46.Chegar a 2014 com o Rio pronto para receber as Olimpíadas de 2016. O Maracanã será reformado de acordo com as exigências da FIFA para a Copa de 2014, com a construção de novas rampas de acesso, vagas de estacionamento e a instalação de uma cobertura, entre outras adaptações.

47. Implantar em 23 municípios do estado o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo. Somados, os projetos formarão cerca de 17 mil pessoas.

ECONOMIA

48. Até 2014, serão R$ 50 bilhões em investimentos no estado e 700 mil novos empregos. Na indústria naval, o número de empregos aumentará de 20 mil para 40 mil.

49. Construção, em São Gonçalo, de um porto que inicialmente serviria para receber os equipamentos do Polo Petroquímico (Comperj). Em parceria com a Petrobras, o estado ampliará a estrutura do novo porto para atender a população da região.

50. Reduzir a alíquota do ICMS no setor de turismo, de 4% para 2%. A medida será válida para bares, restaurantes, hotéis e similares, a partir de janeiro de 2011. Se, em dois anos, não houver queda na arrecadação, a medida será renovada até 2014.

Prefeitura do Rio inaugura nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Madureira. Foto: Beth Santos/Divulgação
ABASTECIMENTO

51. A terceira fase do programa Estradas da Produção irá recuperar 15 mil quilômetros de estradas secundárias, abrangendo 70 municípios.
CULTURA

52. Nos próximos quatro anos, além da biblioteca de Manguinhos, serão inauguradas bibliotecas públicas no Complexo do Alemão e na Rocinha.

53. O projeto "Cinema para Todos" será ampliado.

54.Também será ampliada a rede de museus do estado.

55.Por meio de edital, serão selecionados 24 projetos culturais em áreas como audiovisual, artesanato e restauro, cultura popular, games e software aplicado à economia criativa e turismo cultural, entre outras. Os selecionados receberão a cessão de espaço físico, serviços de comunicação, marketing, apoio de contabilidade, gestão de negócios e assessoria jurídica.
ADMINISTRAÇÃO

56. Realizar concurso público para 50 mil vagas, principalmente nas áreas de educação, saúde, segurança, meio ambiente, infraestrutura e gestão pública.
TRANSPARÊNCIA

57. Expansão do uso de pregões eletrônicos nas compras feitas pelo estado.

58.Criação do Portal da Dívida Ativa, dentro do novo site da Procuradoria Geral do Estado, com livre acesso.

59. Implantação do Projeto Transparência, para avaliação dos recursos repassados por meio de convênios firmados com o estado.
SOCIAL

60. As UPPs vão ganhar espaços destinados ao atendimento de universitários, com objetivo de desenvolver ações de apoio ao longo da trajetória acadêmica. Nestes centros serão atendidos dois mil estudantes.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Greve de ônibus

Considerando que meu bairro não tem trem nem metrô e o único meio de transporte é o ônibus, estou impossibilitado de chegar ao compromisso. Estou pensando em tentar pegar a parte da tarde e usar meu meio de transporte alternativo e ecologicamente correto: andar até um ponto que tenha ônibus intermunicipais. Minha esperança é que esses não tenham sido afetados e posso descer onde quero chegar. Mas o engarrafamento deve ser inevitável pois ainda há reflexos do caos da chuva somado ao caos da greve.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dia 6 de Abril de 2010 - o dia em que o Rio parou

A noite anterior já havia prometido. Um pouco a mais de chuva e todos estamos condenados a ficar presos. Tudo bem que não foi uma chuva comum, mas o início do caos foi igual a qualquer chuva: a Praça da Bandeira pára, a Brasil vira um Rio, a Ayrton Senna alaga... Não basta nosso sistema de transportes ser majoritariamente rodoviário, as ruas não são bem cuidadas. Há buracos, o escoamento é pífio e assim, a cidade pára. A mesma cidade que vai sediar uma Olimpíada e uma Copa do mundo, e que já ficou bem claro que não farão obras de transporte nos trilhos; vão, como sempre, dar um jeitinho no rodoviário que aí existe. Afinal, foi isso o que aconteceu no Pan-Americano: foi feito o "metrô" Barra, um ônibus; a integração Alvorada x Del Castilho (ônibus) e pintar uma faixa da Linha Amarela (e de outras vias) de laranja impedindo que quem interessava para o evento tivesse que enfrentar qualquer problema e largando a população toda ao caos (lembro que tive que sair de casa um desses dias da faixa exclusiva, meu ônibus bateu ao tentar usar o pedágio expresso e a Linha Amarela estava extremamente congestionada em toda a extensão). O Pan pode ter sido um sucesso para quem vê de fora, até porque a cidade foi escolhida para as Olimpíadas, mas quem precisava se deslocar no Rio, aparentemente, sofreu. Um detalhe importante, pelo que eu lembro, a chuva só veio no final do evento, e ai qe está o ponto, as coisas só dão (relativamente) certo por aqui caso não chova. Lembro que a partida de tênis teve que ser alterada e que o beisebol teve problemas. A solução? Sejamos cariocas otimistas e de alto astral e vamos torcer por sol! Não, isso não é solução que um governo deva dar. Não podemos estar sujeitos a fenômenos corriqueiros. Não é um terremoto. Não é uma erupção.

Toda vez que chove (dessa vez o excesso poderia ter causado todo o transtorno também em cidades mais bem administradas), fica óbvio que o sistema de transportes e de trânsito da cidade é patético. Minha impressão é que sempre é feito na base do jeitinho. O pior é que há cabeças pensando na solução, provavelmente nunca são ouvidos... Pontos críticos que eu conheço: Praça da Bandeira, Avenida Ayrton Senna, Estrada dos Bandeirantes, Grajaú-Jacarepaguá (essa tem o problema de estar na encosta, mas a parte técnica como asfalto deve ser vista, já deslizamentos, até certo ponto, são inevitáveis nesse caso, mas sabemos que ha o agravante da ocupação das encostas), Estrada do Itanhangá e Avenida Engenheiro de Souza Filho (sempre ficam com poças gigantes, durante dias após as chuvas), a Brasil com seus infinitos buracos entre outras tantas que eu particularmente não lembro ou não conheço.

Tentei sair de casa na terça. Ouvi no rádio que a melhor opção era evitar sair de casa, mas não levei a sério esse aviso, na minha cabeça a metrópole não podia parar. Depois, sou avisado por um amigo que o prefeito mandou ficar em casa. Com os ônibus presos em algum lugar, não havia opção a não ser esperar. A metrópole parou. Agora, só resta que os cariocas tenham muita energia positiva para que tudo dê certo nos próximos eventos da cidade. Ou que sejam tomadas atitudes sérias.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tarde na Gávea - A necessidade, na prática, do transporte de massa

Bom, eu, na condição de usuário de transportes coletivos e de cidadão morador da Baixada de Jacarepaguá, exercendo o direito de ir e vir, costumo me deparar, na prática, com os problemas de logística dessa cidade. Me incomoda muito como os administradores da cidade lidam com os problemas de forma externa, achando por meio de hipóteses que suas soluções são eficazes. Ou, talvez, por puro relaxamento... Infelizmente.

Certa vez, estava eu em Ipanema e, como não me importo de andar e poderia aproveitar para aproveitar a bela ressaca do dia, tendo, no final, o direito de pegar apenas uma condução para meu bairro, fui caminhando pela orla e depois pelo Leblon até a Gávea. Reparei, pelo caminho, que os 557 vinham lotados, o que já era de se esperar pelo horário. Não lembro dos S-20/382, mas estava disposto a ir até o ponto final do 750 e ir sentado e num ônibus só. Mas tive a decepcionante surpresa ao chegar na Praça Nossa Senhora Auxiliadora e ver uma fila dando a volta no Quarteirão. Tinham pelo menos 3 filas formadas e pensei na outra opção no local, o 755. Andaria um pouco mais, mas iria sentado. Ao contornar a praça, mais filas, enormes. Vi que a situação era pior do que minha mais pessimista previsão para o fim do passeio. Andei até o ponto do Planetário/PUC na esperança de pegar qualquer ônibus que fosse pra Barra. E, então, me deparei com um ponto extremamente cheio com pessoas avançando nos ônibus. Os 179 e 175 nem sequer paravam, 2113 caros e em pé, e os 750 e 755 que, mesmo com toda a frota reforçada, não dariam vazão àquele contingente... Fiquei imaginando nas possíveis soluções... Aumento da frota? Tinham bastantes 750 e 175, não podia se reclamar disso. Além do que, aumento de frota detona o trânsito. O fato provou que a população da Baixada de Jacarepaguá necessita de transporte de massa. Quem quiser comprovar, faça uma experiência de se deslocar da Zona Sul para a Barra no horário das 4 horas, num dia útil. Fora o trânsito intenso da auto-estrada, diria que mais lento que os outros engarrafamentos que costumo ficar (acho que pior que esse, só o do Maracanã, porque tem sinal).

No fim da história, os únicos ônibus que eram possíevis de ir com um mínimo de conforto eram os frescões de 8, 9 reais, um deles até servia para mim, mas não estava diusposto a gastar 10 reais. Agora, há uma esperança no "início" da construção (uma placa) da linha 4, mas era muito necessário que fosse pelo menos até o Rio das Pedras. Os 750 e os 267 Linha Amarela são a prova disso. Em outro post, farei meu relato sobre o 267, linha que uso diariamente (e que constantemente tento fugir). Até porque, já li em alguns lugares, mas infelizmente não tenho o dado certinho para divulgar aqui, nem estou muito preocupado com os detalhes técnicos no momento, a população dos bairros de Jacarepaguá é bem maior que a da Barra, apesar dos tamanhos continentais parecidos de ambos. Não é questão de uma região merecer mais que a outra, e também, no final das contas, só haverá uma estação na Barra, a do Jardim Oceânico, pelo que eu sei. Uma estação para toda a Baixada de Jacarepaguá enquanto Ipanema/Copacabana tem vários estações com distância de 2 km soa até como piada. Em outro post, expandirei essa idéia da estação única. É um avanço, mas como disse no início, temos que ver a prática. Não teorizar. Talvez, na teoria de quem fez o projeto, um raio de 10 km para uma estação fique satisfeita. Só mesmo se for teoria...

domingo, 26 de outubro de 2008

O começo

Talvez fosse melhor começar falando do projeto, mas achei melhor dizer de onde surgiu a idéia de fazer esse blog. Hoje, Eduardo Paes foi eleito prefeito do Rio de Janeiro, por uma diferença muito pequena. Torci para Gabeira, mas infelizmente, não deu.

Eduardo Paes prometeu, em sua campanha, sempre citando o apoio do Sérgio Cabral e do raio que o PAC do Lula, a construção da Linha 4 do metrô. Li que esta linha já está licitada desde os tempos etílicos de Marcelo Allencar e nada foi feito até hoje. O corredor T5 também está licitado, acabando com o sonho da linha 6. Enquanto isso, a linha 1 deu um grande salto de Copacabana pra Ipanema, cobrindo esssa grande distância que qualquer um faz a pé. Eduardo disse que vai fazer com o apoio do Cabral, mas porque ele não fez até hoje? Só faz se for o amiguinho?

Diante da grande decepção, decidi fazer esse blog. Na embriaguez da revolta e do desprezo. Para os próximos 4 anos, fica a pergunta. Cadê a linha 4 do metrô?